O Sars-CoV-2 é o novo coronavírus identificado como agente etiológico da doença chamada COVID-19, que começou em Wuhan, na China, no final de 2019. A infecção humana pelo novo coronavírus foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em janeiro de 2020, como emergência em saúde pública de importância internacional. E foi caracterizada como pandemia em março do mesmo ano.

As principais estratégias estabelecidas pela OMS foram:

• interromper a transmissão de humano para humano;

• identificar, isolar e cuidar dos pacientes infectados;

• acelerar o desenvolvimento de diagnósticos, terapêuticas e vacinas;

• realizar atividades de conscientização da comunidade; e

• minimizar os impactos sociais e econômicos.

Devido à potencialidade de contágio apresentada pelo novo coronavírus, a OMS recomendou que os países adotassem medidas de isolamento e evitassem aglomerações, com o objetivo de diminuir a incidência de casos. Até o atual momento, não foram identificados fármacos eficazes para tratar os infectados, logo o reforço de manutenção das medidas de higiene adequadas, o uso de máscaras e, principalmente, o isolamento social vêm sendo as medidas de ação mais efetivas e seguras para conter o avanço da contaminação.

Estudantes de medicina e professores, no contexto da pandemia, vivenciam desafios no processo de ensino-aprendizagem. Especialmente aqueles relacionados à relevância da presença do estudante no serviço de saúde, ao atendimento das necessidades sociais, com ênfase no SUS, à integralidade do cuidado, à avaliação baseada em conhecimentos, à inserção do estudante na comunidade, às habilidades e atitudes e à gestão da qualidade na atenção à saúde e na segurança do paciente.

O reconhecimento da gravidade da pandemia de COVID-19 influenciou na suspensão das atividades das instituições de ensino e dos serviços de saúde. E os desafios impostos pela pandemia da Covid-19 à educação médica exigem novas estratégias pedagógicas para a formação de profissionais éticos, humanistas, críticos e reflexivos.

A interrupção das atividades na educação ressignificou as formas de obtenção do saber. Os alunos passaram a usar ainda mais os meios digitais, fomentados por projetos de extensão, como tentativa de se manterem ativos e atualizados sobre assuntos acadêmicos, podendo assim mitigar as perdas intelectuais.

Considerando o tripé ensino-serviço-comunidade e com a interrupção das atividades presenciais, alguns projetos de extensão já programados para os alunos foram interrompidos. Com isso, a Unoeste, por meio da Faculdade de Medicina da Guarujá, trabalhando em conjunto com o Diretório Acadêmico Agripino de Oliveira Lima Filho e as ligas acadêmicas desenvolveu o projeto Pense no Coletivo.

Entre as atividades previstas e realizadas, estão: a realização de várias campanhas online de informação e conscientização sobre o Sars-CoV-2, elaboração de uma biblioteca cientifica para acadêmicos e profissionais de saúde, a produção de conteúdo informativo para a população geral e lives para os alunos que relacionavam o covid-19, de acordo com os temas centrais de cada liga acadêmica.

Os resultados apresentados estão centralizados nesse site do Diretório Acadêmico Agripino de Oliveira Lima Filho, que apresenta integração entre ensino, serviço e comunidade e destaca o uso de tecnologias para a formação médica e a relação ensino-serviço-comunidade.

Destaca-se ainda algumas produções realizadas do PAPP (Programa de Aproximação Progressiva à Prática). No programa, os alunos estão inseridos nas Unidades de Saúde de Família do município de Guarujá desde o início do curso, visando levar a novas formas de pensar e de agir no contexto da atenção à saúde. Assim, evidencia-se aspectos importantes, como a inserção precoce do estudante no contexto do trabalho e o processo de ensino e aprendizagem a partir da prática profissional vivenciada no cotidiano dos serviços. Ambos favorecem a troca de informações e a ampliação dos resultados, tanto em qualidade como em quantidade, na formação e nas ações em saúde desenvolvidas junto à população.